Vila do Conde: celebrou os 109 anos da implantação da República

Assinalou-se, no passado dia 5 de outubro, o 109.º aniversário da implantação do regime republicano, em homenagem aos que, em 1910, contribuíram para a mudança de regime em Portugal.
A cerimónia oficial realizou-se na Praça Vasco da Gama, com atuação da fanfarra e revista ao Corpo Ativo de Bombeiros Voluntários de Vila do Conde, a que se seguiu o hasteamento da Bandeira Nacional, com crianças e jovens das nossas escolas a entoar o Hino Nacional.
A cerimónia prosseguiu com um minuto de silêncio em memória do Prof. Doutor Diogo Freitas do Amaral.
Na sua intervenção, a Presidente da Câmara, Dr.ª Elisa Ferraz, saudou os presentes e destacou a grande importância que atribui a esta histórica data, enfatizando que o “5 de Outubro” sempre foi comemorado em Vila do Conde, mesmo quando, de uma forma anacrónica, se decretou o fim deste feriado.
A Presidente lembrou que a data assinala a transição política para o caminho da democracia, deixando a garantia que a Câmara Municipal a continuará a celebrar, dando mais um contributo para a sua consolidação.
Nas suas palavras, “consolidar significa aplaudir, como hoje aqui fazemos, significa ter sentido crítico e dizer nunca mais aos períodos que foram negros na nossa história, é dizer presente ativamente com os nossos contributos para o futuro deste país que é o nosso, na certeza de que, deste modo, estaremos a dar importantes e decisivos contributos na solidificação dos princípios da cidadania e no fortalecimento da unidade nacional”.
Seguiu-se, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, perante uma numerosa e interessada assistência, uma conferência proferida pelo Prof. Doutor Francisco Louçã, intitulada “A Democracia e a República podem sobreviver ao poder financeiro?”, cuja presença em Vila do Conde foi também destacada pela Dr.ª Elisa Ferraz.
No momento foi ainda apresentado pela Dr.ª Marta Miranda o “Vila do Conde – Boletim Cultural nº3”.
O programa culminou com uma romagem de saudade ao cemitério do Monte do Mosteiro, na qual o Dr. António do Carmo Reis proferiu uma intervenção alusiva à celebração, finda a qual foi depositada uma coroa de flores em memória de todos os Republicanos já desaparecidos.