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Foto Adriano
A Foto Adriano constitui o resultado da atividade de, pelo menos, 4 fotógrafos da família Adriano - Joaquim, João, Carlos e Pedro Adriano - desde a última década do século XIX até 1993.
Joaquim Adriano pintava retratos a óleo. Juntamente com seu primo João frequentou, no Porto, um curso de fotografia. Terminada a formação, ambos se estabeleceram, na última década do século XIX, na Rua de S. Bento (frente aos Passos), em Vila do Conde, abrindo aquela que seria a primeira casa de fotografia desta terra. Mais tarde, mudar-se-iam para a Rua da Misericórdia com a denominação de “Fotografia Progresso”. A casa viria a chamar-se “Photografia da Casa Real”, por alvará régio concedido pelo rei D. Carlos I. Com o advento da República, adotaram a designação de “Fotografia Popular” e, mais tarde, “Foto Adriano”, denominação que se manteve até ao seu encerramento, em 1993.
Depois do falecimento de Joaquim Adriano, em 1926, Carlos manteve o estabelecimento, onde viriam a trabalhar também o seu irmão Pedro e, mais tarde, o seu sobrinho Eduardo. Carlos Adriano (14.12.1906 – 16.06.2000), nascido em Vila do Conde, foi o principal rosto e imagem desta casa de fotografia. Viveu a sua juventude numa época em que os processos fotográficos já estavam suficientemente desenvolvidos para sustentar uma atividade comercial. Ao longo de mais de 60 anos esteve presente em quase todo os eventos sociais e políticos significativos em Vila do Conde, onde privou com os protagonistas da política, da arte e da ciência e soube, como poucos, captar os mais belos recantos desta terra e a história da sua gente. Deste trabalho resultaram milhares de negativos em vidro, nitrato de celulose, biacetato de celulose e triacetato de celulose, bem como provas em papel, sendo utilizados os processos de albumina e gelatina sal de prata, que pertencem atualmente ao Arquivo Municipal de Vila do Conde. Estes milhares de clichés retratam paisagens de Vila do Conde, monumentos, eventos e milhares de vilacondenses que, no estúdio da Foto Adriano, se fizeram retratar.
A Foto Adriano também teve uma casa de fotografia em Vila Nova de Famalicão, onde trabalhava Pedro Adriano, que se deslocava, normalmente à 4ª feira, dia de feira semanal. Durante os restantes dias da semana tratava da revelação dos negativos e impressão das fotos. Parte dos clichés aí produzidos são propriedade do Arquivo Municipal de Vila do Conde, tal como os livros de registos, embora estes negativos estejam ainda por tratar.
Muitas das imagens captadas pela lente da Foto Adriano foram publicadas na imprensa local vilacondense, como a “Illustração Vilacondense”, “A Renovação”, entre outros títulos.
Quando em 1993 a Fotografia Adriano encerrou as suas portas, desaparecia um símbolo e uma referência na história de Vila do Conde. Oportunamente a Câmara Municipal de Vila do Conde envidou esforços no sentido de adquirir esse importante acervo arquivístico, bem como equipamentos, móveis, livros de registos entre outros materiais, constituindo assim um núcleo de informação fundamental para a história de Vila do Conde do século XX.
Consulte imagens da Foto Adriano no Arquivo Municipal on-line aqui