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Arqueologia

Vila do Conde Arqueológica - Gabinete Municipal

A área do Vila do Conde é, desde a pré-história, uma área de grande atração para povos que aqui vieram, primeiro de passagem, depois de modo sedentário, em busca das belas condições que a terra, o clima e a localização ofereciam, contribuindo paulatinamente, com os vestígios do seu quotidiano para o enriquecimento do património arqueológico deste concelho.

Praticamente desde o dealbar da arqueologia enquanto ciência que o concelho atraiu a atenção de inúmeros investigadores em virtude do seu rico património. Por aqui trabalharam, entre outros, Francisco Martins Sarmento, Ricardo Severo, Artur Fonseca Cardoso, Fernando Russel Cortês, o Abade Sousa Maia, Eugénio da Cunha Freitas, Bertino Daciano, Carlos Alberto Ferreira de Almeida, Jorge e Adília Alarcão, Carlos Alberto Brochado de Almeida e António Pereira Dinis.

Em 1992, a Câmara Municipal de Vila do Conde contratou um arqueólogo com o objetivo de iniciar um trabalho que permitisse a gestão dos sítios classificados no Plano Director Municipal, à medida que fosse sendo necessário efetuar intervenções. Em 1998, foi criado o Gabinete de Arqueologia Municipal. Paralelamente, foi-lhe cometida a tarefa de preparar uma intervenção musealizadora nos principais sítios arqueológicos do concelho, com particular incidência no maior de todos - a Cividade de Bagunte - um grande povoado existente na área norte do território de Vila do Conde. Foi, desde então, elaborado o Projeto de Dinamização Cultural da Cividade de Bagunte, projeto que prevê uma intervenção ao nível da investigação e da musealização do sítio arqueológico, e que dará origem ao Campo Arqueológico de Bagunte, uma estrutura de gestão e dinamização permanente deste Parque Cultural.

O Gabinete de Arqueologia assume o trabalho de sensibilização junto das escolas e da comunidade, organizando e guiando visitas escolares, de grupos sócioprofissionais ou de associações de cidadãos, contribuindo desse modo para o estabelecimento de uma relação de proximidade entre os cidadãos e o seu património.

Dado que as dificuldades técnicas de que a arqueologia se reveste são muito grandes e que o mercado de formação é exíguo, o Gabinete de Vila do Conde tomou em mãos a tarefa de formar os técnicos que permitiram, por um lado, levar a cabo um trabalho de escavação arqueológica com recurso a um registo rigoroso e, pelo outro, levar por diante um trabalho de conservação e valorização dos achados, de manutenção das estações intervencionadas e de comunicação do que vai sendo descoberto nas estações arqueológicas.

Apoiado num sólido laboratório de conservação e restauro, o trabalho desenvolvido pelo Gabinete de Arqueologia Municipal tem-se estendido a inúmeras áreas.

Assim, o Gabinete de Arqueologia tem investigado a pré-história de Vila do Conde desenvolvendo prospeções sistemáticas nas veigas de Tougues e de Malta promovendo escavações arqueológicas na Mamoa da Ínsua em Vilar e no Alto de Pindelo, no Corgo, em Azurara. As escavações da Mamoa da Ínsua, ainda em curso, contam com a colaboração da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

A proto-história de Vila do Conde tem, também, merecido atenção com escavações no Castro de S. Paio, em Labruge, no Castro de S. João de Vila do Conde e, mais recentemente, na Cividade de Bagunte.

A Romanização tem sido também uma das épocas estudadas no concelho com as escavações de partes das Villa Fromarici, da Villa Romana das Caxinas, do Lugar de Casais, em Arcos, e da Villa Pinitellus, em Azurara. Foram, para além disso, efetuadas prospeções sistemáticas junto à Villa Viridis em Bagunte, ao lugar de Calvelius em Labruge e à Villa Bona de Guilhabreu.

A área classificada do Centro Histórico de Vila do Conde e Azurara, com uma ocupação transversal que vai da proto-história à contemporaneidade, foi objeto de algumas escavações arqueológicas que vão compondo um quadro de compreensão da história da Cidade de Vila do Conde. Aqui se fizeram escavações: na Casa da Roda, na Casa Pizarro Monteiro da Rua da Costa, na Alfândega Real, no Cais Quinhentista da Alfândega, nos Paços do Concelho, na Casa de Benilde, na casa de Antero de Quental, na Casa do Risco, no Forte de S. João Baptista, na Calçada de S. Francisco, no Solar de S. Roque, na Casa de S. Sebastião, no Lar de S. Francisco, na Rua das Donas, no largo de Santa Clara.

O Gabinete de Arqueologia dedica uma frente de investigação à memória do período industrial tendo efetuado já um trabalho de levantamento exaustivo dos recursos de molinologia do concelho, de recolha dos arquivos e de imagens de diversas fábricas, com destaque para a Fábrica de Mindelo e para a Valfar/ Narfil, onde foram recolhidos dois arquivos preciosos para o estudo da indústria têxtil em Portugal.

O Gabinete organizou já inúmeras exposições de divulgação do património concelhio colaborando ainda ativamente com diversas instituições tendo em vista uma menor opacidade da História do Concelho para os seus habitantes. Nesta frente se inserem as caminhadas à descoberta que todos os meses o Gabinete organiza com a APPA-VC e com o Cube Fluvial Vilacondense. Nesta linha se insere ainda o trabalho de promoção das Rotas de Peregrinação - Caminhos de Santiago enquanto veículos de divulgação do imenso património do concelho. Estão previstas neste momento duas exposições sobre património arqueológico. Uma dedicada ao tema Arqueologia Industrial de Vila do Conde e outra dedicada a mostrar e explicar ao público que se dirige aos Paços do Concelho algumas das peças mais importantes da arqueologia local.

O Gabinete de Arqueologia Municipal dispõe de um programa de Divulgação Escolar com o nome de “Há Tesouros por toda a parte!!”. Este projeto consiste numa exposição que correu já uma parte das escolas do concelho e em outros dois subprogramas – um de arqueologia experimental e um de visitas de estudo. O Gabinete aperfeiçoa agora o subprograma de visitas de estudo aos monumentos do concelho, produzindo guiões que façam de cada visita uma experiência inesquecível.

Esta estrutura municipal tem pela frente vários projetos de trabalho: Desde logo na Cividade de Bagunte onde uma parceria com a Universidade do Texas - Austin promete levar por diante um conjunto de escavações inovadoras e ajudar a abrir esse grande monumento nacional ao público nacional e internacional. No mesmo monumento está previsto o desenvolvimento de um projeto de valorização que disponibilize um apoio à visita e coloque a Cividade no mapa dos monumentos visitáveis em Portugal.

Paralelamente, o Gabinete procedeu à musealização de vários arqueossítios tendo em vista a criação da Rota das Raízes - uma rota dos monumentos que reportam para o período pré-nacional, mas que são essenciais para a compreensão do progresso da ocupação humana no concelho e na região. Nesta rota incluem-se o Castro de S. Paio, a Cividade de Bagunte, o Conjunto Megalítico do Fulom e a Mamoa da Ínsua em Vilar.

No castro de S. Paio está disponível, desde o final de 2012, um Centro Interpretativo que tem por finalidade dar a conhecer, num só espaço, diferentes olhares, com objetivos distintos mas interligados, sobre o mesmo local. Através deste equipamento cruzam-se os ensinamento que a Arqueologia, a Geologia e Biologia tem para oferecer sobre o Castro de S. Paio e a sua envolvente.

Na Cividade de Bagunte estão em cursos trabalhos de limpeza sistemática de vegetação, permitindo que os seus visitantes tenham uma leitura facilitada das suas ruínas. Como complemento, existem placas informativas que fornecem explicações sucintas sobre o local. Adicionalmente, as ruínas estão a ser alvo de consolidação, seguindo técnicas construtivas artesanais que dispensam o uso de cimento e recorrem a saibro como forma de ligar as pedras, garantindo a sua preservação futura.

Contactos:
Gabinete de Arqueologia Municipal
Centro de Memória de Vila do Conde
Largo de S. Sebastião
4480-706 Vila do Conde
Telefone:  252 248 468 
Fax:  252 617 506
E-mail:  arqueologia@cm-viladoconde.pt

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Segunda a sexta: 9h00/13h00; 14h00/17h30

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