Imóveis de Interesse Público
Capela de Nossa Senhora da Guia
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 28/82, DR 47 de 26 fevereiro 1982
Coordenadas: GPS: 41º 20' 20.56" N; 8º 44' 58.42" W
Provavelmente esta ermida já existiria em 953, sendo referenciada, em 1059, no inventário dos bens pertencentes ao Mosteiro de Guimarães, mas designada como ermida de S. Julião. Para além da utilização de índole religiosa, a ermida funcionou, inicialmente, como ponto de apoio para defesa da barra.
De planta composta irregular, apresenta no seu interior belos azulejos dos séculos XVII e XVIII e tetos apainelados em caixotões decorados com cenas bíblicas ou figuras de santos.
Capela de Nossa Senhora do Socorro
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 95/78, DR 210 de 12 Setembro 1978
Coordenadas: GPS: 41º 20' 57.53" N; 8º 44' 38.29" W
Implantada sob um maciço rochoso sobranceiro ao rio Ave, a Capela de N.ª Sr.ª do Socorro apresenta uma arquitetura peculiar, com uma planta quadrada, coberta por uma abóbada. Destaque para a decoração interior de belíssimos azulejos do século XVIII, representativos da vida de Cristo, bem como para o retábulo de estilo rococó.
Foi mandada construir por Gaspar Manuel, cavaleiro professo da Ordem de Cristo e piloto-mor das carreiras da Índia, China e Japão e por sua mulher Bárbara Ferreira de Almeida, que aí se encontram enterrados.
Igreja da Misericórdia e Casa do Despacho
Acesso: Rua da Misericórdia, Largo Dr. António José de Almeida
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. n.º 28/82, DR 47 de 26 fevereiro 1982 e incluído na Zona Especial de Proteção da Igreja Matriz de Vila do Conde
Coordenadas: GPS:41º 21' 15.60" N; 8º 44' 39.11" W
A sua construção iniciou-se em 1559, na sequência da deliberação pela Assembleia da Irmandade para construção da Igreja, em que o sino e o campanário deveriam ser executados à semelhança dos da Misericórdia do Porto e o púlpito igual ao da Igreja de Santo Eloy da mesma cidade. Apresenta planta longitudinal, ampla e de uma só nave. Destaque no seu interior para as paredes revestidas a azulejo e os tetos revestidos a caixotões de madeira. Na Casa do Despacho, de relevo, a janela de estilo manuelino.
Forte de S. João Baptista
Acesso: Avenida Brasil, Vila do Conde
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 47 984, DG de 06 outubro 1963
Coordenadas: GPS: 41º 20' 31.03" N; 8º 45' 06.52" W
Sabe-se que esta edificação já se encontrava em construção em 1573, mas é provável que as obras tenham iniciado por volta de 1570. É provável, embora com um grau de incerteza elevado, que o autor do seu projeto tenha sido Simão de Ruão. O plano original, que incluía um fosso, nunca foi integralmente implementado. Excluindo esse facto em 1641 as obras de construção são dadas como concluídas, faltando ainda colocar alguma artilharia.
Apresenta uma planta poligonal com cinco baluartes, guarnecidos nos ângulos por guaritas. A sua construção teve como objetivo a defesa do porto do Ave, perdendo o seu valor militar após o desfecho da guerra civil em 1834. Atualmente está convertido em unidade hoteleira.
Igreja de S. Francisco de Azurara
Acesso: Rua Dr. Américo Silva, Freguesia de Azurara, Vila do Conde
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 95/78, DR 210 de 12 setembro 1978
Coordenadas: GPS: 41º 20' 29.00" N; 8º 44' 14.75" W
Templo totalmente reconstruído no século XVIII. Apresenta planta de cruz latina de uma só nave e capela-mor retangular. A fachada principal é antecipada por galilé de três arcos de volta perfeita, sendo o arco central encimado pelo escudo da Ordem e, ao nível do coro-alto, um janelão, flanqueado por dois nichos. O frontispício é rematado por um frontão, no qual se insere um nicho, sendo ladeado por pináculos e encimado por uma cruz. No interior, salienta-se a talha dos altares, o cadeiral e a urna em cristal com as relíquias autênticas de S. Donato, protetor das gentes do mar.
Mosteiro de S. Simão da Junqueira, Jardins, Fontes e Claustro
Acesso: Adro do Reverendo Padre Adélio, Junqueira, Vila do Conde
Proteção: Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 315/2014
Coordenadas: GPS: 41º 22' 50.77" N; 8º 40' 39.77" W
A fundação do Mosteiro de S. Simão e S. Judas Tadeu da Junqueira, por D. Areas, Arcediago da Sé de Braga decorreu no século XI, sendo que data de 1084 o documento que contém a referência autêntica mais antiga do Mosteiro de S. Simão da Junqueira, uma carta de doação.
Em 1181, D. Afonso Henriques conferiu a Carta de Couto ao Mosteiro da Junqueira. Em 1516, com a morte do prior D. João Gonçalves, S. Simão da Junqueira passou para a posse de comendatários, que eram vitalícios e não só clérigos seculares mas até fidalgos leigos, donde resultou, por um lado, a ruína do património do Convento, por outro, o relaxamento da observância regular do espírito monástico.
Em 1687, deu-se a edificação da Igreja dedicada a S. Simão e S. Judas Tadeu e, em 1770, o convento foi extinto por Breve de Clemente XIV; A Igreja apresenta planta em cruz latina com duas torres sineiras simetricamente integradas na fachada;
No século XVIII, com a partida dos monges, o edifício passou a propriedade particular, sendo usada como casa solarenga. Centrada na planta do edifício em U, a casa apresenta-se reconstruída em redor do antigo claustro do convento num barroco convencional. O claustro apresenta um desenho respeitante da lógica dos restantes espaços exteriores.
Capela de S. João Baptista (Mosteiro de São Salvador de Vairão)
Acesso: Largo do Mosteiro, Vairão, Vila do Conde
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 33 587, DG 63 de 27 março 1944
Coordenadas: GPS: 41º 19' 58.25" N; 8º 40' 12.02" W
A fundação do Mosteiro de Vairão ocorreu em 974 e, em 1021, o Mosteiro era uma comunidade dúplice, de monges e monjas. O cartório do Mosteiro de Vairão, atualmente na Torre do Tombo, é dos mais antigos documentos em língua portuguesa. Em 1141, D. Afonso Henriques deu carta de couto ao mosteiro com um perímetro bastante vasto, ocupando o território das atuais freguesias de Vairão, Macieira, Fornelo e Gião, bem como doou ainda os seus reguengos de Crasto e Azevedo. A construção da Igreja decorreu no século XIV, da qual restam ainda alguns vestígios.
Data de 1551 o brasão da capela de São João Baptista e de finais do século XVII a execução do seu retábulo, maneirista, com painéis relevados alusivos ao orago, com influência espanhola, através da oficina de Martinez Montañes. Em finais do século XVIII a Igreja foi reformada por iniciativa da Abadessa D. Leonor Maria Ludovina Pinto e Azevedo, sendo desse período a execução dos púlpitos e retábulos. Em 1895, o Mosteiro passou para as religiosas do Sagrado Coração de Maria, que aí fundaram um Colégio, passando o Colégio, em 1898 / 1910, a ser administrado pelas monjas.
Capela de Nossa Senhora da Graça
Acesso: Lugar de Lamelas, Junqueira, Vila do Conde
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 95/78, DR 210 de 12 setembro 1978
Coordenadas: GPS: 41º 22' 39.22" N; 8º 41' 04.61" WCapela barroca de planta longitudinal, composta por nave única, precedida por alpendre retangular e capela-mor também retangular. O alpendre tem uma cobertura assente em colunas jónicas. O portal é encimado por um óculo quadrilobado onde se lê 1773. No interior as paredes da nave são revestidas a azulejos de padrão azuis e brancos, com cercaduras de flores e os altares apresentam talha dourada. O teto é de masseira formando caixotões pintados. A capela-mor apresenta grande retábulo de talha dourada e teto de caixotões em talha dourada. A sua construção é do século XVIII.
Palacete Melo
Acesso: Avenida Bento de Freitas, 460, Vila do Conde
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 1/86, DR 2 de 03 janeiro 1986
Coordenadas: GPS: 41º 21' 09.37" N; 8º 45' 00.10" W
Antiga colónia balnear, construída no século XIX da Fundação Narciso Ferreira, o Palacete Melo integra-se num conjunto urbano (Ruas Artur da Cunha Araújo, Júlio Graça, Bento Freitas e Sacadura Cabral) que exemplifica bem a ideia romântica da estância balnear do fim do século XIX. A expansão balnear processa-se segundo novos princípios de conceção tipológica. O Palacete Melo assume a sua importância porquanto define um momento importante da história local, mas também porque o conjunto em que se integra é um dos raros exemplos de estância balnear.
Solar de Vasconcelos / Casa de Submosteiro
Acesso: Praça da República, Vila do Conde
Proteção:Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 129/77, DR 226 de 29 setembro 1977
Coordenadas: GPS: 41º 21' 06.85" N; 8º 44' 27.70" W
A chamada Casa dos Vasconcelos, resulta da adaptação de um celeiro a residência, em meados do século XVIII. Planta retangular com alçados de dois pisos. Cobertura diferenciada em telhados tipo tesoura. O piso térreo apresenta duas portas e duas janelas, sendo a porta principal encimada por um escudo esquartelado e ladeada por dois óculos quadrilobados. O piso superior apresenta-se rasgado por oito janelas de sacada, gradeadas, assentes em mísulas de pedra. É flanqueada a Este por uma residência, único corpo do palácio projetado, que a substituiria, e cuja construção data de princípios do século XIX.
Já como propriedade do Município, sofreu obras de recuperação e reestruturação, em finais da década de 80 do século passado, funcionando, desde então, como Auditório Municipal.
Cruzeiro de Azurara
Acesso: Parte norte do adro da Igreja Matriz da freguesia de Azurara, de Vila do Conde
Protecção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 45 327, DG 251 de 25 Outubro 1963
Coordenadas: GPS: 41º 20' 41.20" N; 8º 44' 10.45" W
Cruzeiro manuelino assente num soco quadrangular de quatro degraus. É composto por coluna lisa cilíndrica, tendo no topo uma pedra de armas. Um bloco paralelepípedo encima o fuste, com orbe adossado num dos lados, sobrepujado pela cruz, apresentando numa face a imagem de Cristo e na outra a da Virgem. Os três topos da cruz rematam em flor-de-lis. Estima-se que a sua construção tenham ocorrido no século XVI.
Casa da Praça
Acesso: Rua do Dr. Américo Silva, Azurara, Vila do Conde
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 129/77, DR 226 de 29 setembro 1977
Coordenadas: GPS: 41º 20' 49.46" N; 8º 44' 13.95" W
Construída no século XVII, apresenta planta retangular com alçados de dois pisos. O piso térreo apresenta nas extremidades duas janelas gradeadas, quatro óculos e duas portas almofadadas. O andar nobre é rasgado por oito janelas de sacada com gradeamento, tendo ao centro uma pedra de armas esquartelada. Propriedade privada.
Pelourinho de Azurara
Acesso: Adro da Igreja Matriz de Azurara
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 outubro 1933
Coordenadas: GPS: 41º 20' 41.05" N; 8º 44' 09.88" W
Construído no século XVI, o pelourinho assenta em soco circular de dois degraus. Na base circular apoia o fuste liso e cilíndrico encimado por capitel em forma de campânula invertida. O remate troncocónico termina num espigão de ferro.
Ponte de São Miguel
Acesso: EN. 306, Km 70, Freguesia de Arcos, sobre o rio Este.
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 28/82, DR 47 de 26 fevereiro 1982
Coordenadas: GPS: 41º 23' 35.16" N; 8º 40' 01.16" W
Ponte medieval, com perfil em cavalete, com três arcos desiguais de volta perfeita. As aduelas são estreitas e de extradorso irregular. O arco central é o de maiores dimensões. Tem dois contrafortes com talhamares de contorno retangular. As guardas são de cantaria de granito. Conjetura-se a sua construção no século XII.
Capela de Santa Catarina
Acesso: Largo de Santa Catarina, Vila do Conde
Proteção: Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 28/82, DR, 1.ª série, n.º 47 de 26 fevereiro 1982
Coordenadas GPS: 41º 21' 24.84" N; 8º 44' 47.01" W
A data da construção da capela de Santa Catarina parece apontar para o século XV, apresentando-se como uma das mais antigas de Vila do Conde, sendo referida nos Tombos do Mosteiro de Santa Clara (1518, no Tombo Verde do Convento de Santa Clara e 1629 no Tombo Novo do Convento de Santa Clara). A execução do retábulo –mor, de talha, é do século XVIII. Nas Memórias Paroquiais de 1721 surge a referência à existência de uma sepultura de um clérigo no pavimento da ermida.
Segundo diz a tradição, Antero de Quental passava as tardes no alpendre onde se inspirava para os seus escritos.
Apresenta planta longitudinal, de nave única, com capela-mor profunda, um alpendre adossado à uma das fachadas laterais, encontrando-se a sacristia retangular adossada à fachada lateral oposta. Na fachada principal é visível um portal ogival e campanário a truncar a empena. No interior a capela, com cobertura em abóbada de berço de madeira, possui na parede testeira um retábulo-mor de talha.