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Impasse no resgate dos corpos do “Mar Nosso”

12 Setembro 2014
A Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Dra. Elisa Ferraz, a Presidente da Junta de Freguesia, Prof.ª Alcide Aguiar e o Presidente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar, Mestre José Festas, em conferência de imprensa realizada hoje, deram conta aos jornalistas da situação dramática dos familiares dos dois pescadores desaparecidos no naufrágio da embarcação “Mar Nosso”, em Espanha.

A Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Dra. Elisa Ferraz, a Presidente da Junta de Freguesia, Prof.ª Alcide Aguiar e o Presidente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar, Mestre José Festas, em conferência de imprensa realizada hoje, deram conta aos jornalistas da situação dramática dos familiares dos dois pescadores desaparecidos no naufrágio da embarcação “Mar Nosso”, em Espanha.

Dado existir uma elevada percentagem de probabilidades de que os corpos de dois deles, Francisco Santos e Manuel Carinha, estejam presos no casco da embarcação, a Associação Pró Maior Segurança, a Autarquia e a Junta de Freguesia têm vindo a desenvolver diversos contactos e diligências, no sentido de sensibilizar o armador e as entidades espanholas com competência nesta área para a importância de se conseguir trazer à superfície o arrastão ou retirar os corpos dos mesmos.

No início do processo, o armador mostrou grande disponibilidade para que essa operação fosse concretizada e que fosse prestado todo o apoio às famílias dos pescadores naufragados, garantias que foram bem acolhidas por todos.

Inexplicavelmente, em dois meses, esta vontade foi-se desvanecendo, faltando o armador à palavra e não mostrando interesse em encontrar uma solução, chegando-se ao ponto de se deixar de conseguir estabelecer qualquer tipo de contacto com o mesmo. 
A Autarquia chegou inclusive ao ponto de proceder à recolha de orçamentos junto de várias empresas nacionais e internacionais para a concretização dessa operação, tendo verificado serem até valores mais baixos dos que tinham sido referidos, inicialmente, pela empresa da embarcação “Mar Nosso”. 

Entretanto, e perante a demora, foi solicitada pela Câmara Municipal e pela Associação Pró Maior Segurança uma reunião em Espanha que, depois de várias tentativas de agendamento e recorrendo ao apoio do Cônsul da Corunha, foi agendada para 21 de agosto. O armador, Claudino Gonzalez, não compareceu e enviou um representante que, segundo palavras da Dr.ª Elisa Ferraz e do Mestre Festas, “entrou mudo e saiu calado” da reunião, tendo sido interpelado no final da mesma pela posição que estava a assumir de total alheamento relativamente ao que se estava a discutir. Esta postura levou a uma tomada de posição da Presidente de Câmara que se manifestou indignada pelo modo como decorreu aquele encontro.

Perante tais factos e a incompreensão pelos procedimentos adotados pelo armador, Mestre Festas formula a interrogação sobre os motivos por não se querer trazer o barco à tona da água. Entretanto, a investigação está a decorrer e sabe-se que o naufrágio não aconteceu por motivos de excesso de peso, nem por más condições do mar ou vento forte, e a embarcação esteve a flutuar várias horas após o acidente, havendo assim grandes probabilidades dos corpos dos dois pescadores estarem dentro do barco. 

Os familiares dos pescadores desaparecidos, também presentes nesta conferência de imprensa, estão a viver uma situação de grande dor, e sofrem ainda mais por se verem impossibilitados de fazer o devido luto e o enterro dos seus entes queridos. Guida Santos e Alexandrina Carinha, viúvas, e Bruno Murta, genro, dizem ter acreditado nas boas palavras e intenções do armador e vêm-se agora impossibilitados de tratar de qualquer assunto burocrático, tendo sido solicitada, no Tribunal de Viana do Castelo, porto onde o arrastão está registado, uma declaração de morte presumida.

A Presidente de Câmara alertou para as dificuldades e inconveniências de resolver um assunto deste tipo nos tribunais, uma vez que seria um processo moroso e a lei é omissa, deixando, deste modo, um alerta às autoridades e aos legisladores para as devidas adequações legais. Ao encerrar a conferência de imprensa, a Dr.ª Elisa Ferraz fez um apelo aos jornalistas para que denunciem esta situação, verdadeiramente desumana, injusta e de grande falta de respeito pelos pescadores, que perderam a vida a trabalhar no mar, bem como pelas suas famílias que continuam mergulhadas na dor da tragédia.

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