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Câmara Municipal intervém na Fonte de Santo António

2021/04/28

 

A Câmara Municipal de Vila do Conde, através do Gabinete de Arqueologia, com o apoio da APPA-VC e do Centro Educativo de Santa Clara, está a proceder à limpeza e consolidação da Fonte de Santo António, localizada na antiga cerca do Mosteiro de Santa Clara.

A Fonte de Santo António é uma fonte de mergulho, ou seja, está construída sobre um veio de água que brota naturalmente do chão. Para recolher a água, ao invés de colocar o recipiente sob uma bica, era necessário mergulhar o cântaro na água.

Antes da inauguração do Aqueduto de Santo António, mais conhecido por Aqueduto de Vila do Conde ou de Santa Clara, em 1714, este seria um dos pouco pontos de água corrente disponíveis na cerca do Mosteiro de Santa Clara e sua envolvente. Após a extinção das Ordem religiosas, em 1834, foi aberta uma passagem para permitir que a população acedesse a esta fonte.

Atualmente não é possível datar esta fonte. Contudo, no enchimento da sua cúpula encontraram-se fragmentos de azulejos do tipo hispano-árabe, também conhecidos por azulejos de corda-seca ou de aresta. Os primeiros exemplares deste tipo de azulejos deverão ter entrado em território nacional em meados do século XV, mas foram produzidos até ao século XVII, altura em que o gosto substitui-os por outro género de azulejos. Dado terem sido utilizados como entulho na cúpula, é possível que a fonte tenha sido construída durante o século XVII.

A fonte é feita de uma mistura de materiais, onde dominam o granito e o barro da argamassa. Sendo o terceiro material mais utilizado, o tijolo foi usado para fazer o forro interno da cúpula da fonte. O único material que não é endógeno a esta região é o calcário que foi usado no elemento decorativo que está colocado sobre o arco de entrada da fonte.

Para maximizar a recolha de água, defronte da fonte foi construída uma poça, uma espécie de tanque que retém a água quando a mesma brota com maior intensidade, nomeadamente durante o inverno e primavera.

Tanto a fonte como a poça apresentam sinais de degradação que se pretendem reverter. A intervenção passa pela remoção de argamassas de cimento que cobrem as suas juntas, substituindo-as por argamassas tradicionais, com base em saibro e cal hidráulica. Será necessário reconstruir a face exterior da cúpula da fonte, porque a mesma está parcialmente caída. O mesmo trabalho terá de ser feito nos muros da poça. A avaliação das necessidades de intervenção no fundo da poça só será possível após a descida do lençol freático que alimenta a fonte.

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