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Recriação de uma soenga nas Mamoas do Fulom
No passado sábado, o Gabinete de Arqueologia Municipal, em parceria com a Associação de Proteção do Património, Arqueologia e Museus de Vila do Conde e a University of Texas at Austin, recriaram uma soenga nas imediações das Mamoas do Fulom, na Junqueira.
Uma soenga é o mais antigo e simples sistema de cozedura de cerâmica que é utilizado desde a pré-história até à atualidade. Na realidade este forno é um buraco aberto no solo onde foi acesa uma fogueira e onde, depois de criar brasas, são encasteladas as peças de barro por cozer. Depois de se colocar mais madeira e caruma em redor das peças, o conjunto é tapado por leivas e terra de modo a impedir a fuga de calor e do fumo.
No final o forno foi desfeito e as peças cozidas são removidas e arrefecidas. Como este tipo de forno promove uma cozedura redutora, pobre em oxigénio, as peças adquirem uma cor cinzenta escura.
A atividade contou a com a presença do oleiro César Teixeira que, para além preparar todos os procedimentos do forno, montou uma roda de oleiro para criar, ao vivo, peças em barro. Como parte da atividade, os participantes tiveram a oportunidade de trabalhar na roda de oleiro e de criar peças próprias, bem como de fazer visitas às Mamoas da Junqueira, monumentos funerários com mais de 5000 anos de idade.
Apesar de ser uma tecnologia de baixa complexidade, testes de temperatura mostram que estes tipos de fornos são capazes de atingir mais de 1000ºc.
Para além dos alunos da University of Texas at Austin, que se encontram em Vila do Conde no âmbito da escola-de-campo que se está a realizar na Cividade de Bagunte, passaram pela soenga mais de três dezenas de pessoas. Entre os participantes destacamos o Agrupamento de Escuteiros da Junqueira.