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Rota dos Mosteiros

Da ponte de D. Zameiro a S. Simão da Junqueira e a S. Cristóvão de Rio Mau


O passeio que vos propomos permite conhecer os principais pontos históricos do Caminho de Santiago em Vila do Conde, ainda que só se efetue o seu percurso numa pequena parte da nossa visita. O nosso objetivo é que o visitante evite estradas que hoje são demasiado circuladas por veículos motorizados e possa, por isso, usufruir da experiência de passear a pé, sem que com isso corra demasiados riscos.

Saindo da Ponte de D. Zameiro, o magnífico exemplar de arquitetura que durante cerca de 700 anos foi a mais segura travessia do Ave, para quem se dirigia a Santiago de Compostela, convidamos o visitante a subir o primeiro troço da Via Vetera de cerca de 800m, passando pela Capela da Srª da Ajuda, por belíssimas casas agrícolas e por paisagem do vale do Ave, aqui ainda razoavelmente preservado até ao alto de Santagões, onde a via entronca na estrada nacional.
No alto de Santagões, o visitante deve atravessar na estrada nacional... e andar 100 metros até chegar ao entroncamento de Santagões, à esquerda.

Aí, deve seguir pela estrada que leva ao centro desta aldeia, uma terra milenar que tem o privilégio de ser o único lugar do norte do país, cujo nome é inequivocamente relacionado com os povos celtas, já que na Idade Média se chamava Celteganes. A paisagem é de uma grande beleza e permite um espraiar da vista entre dois vales, o do rio Ave e o formado pela ribeira da Espinheira e pela ribeira da Chantada.

Ao chegar ao primeiro entroncamento que encontrar, o visitante deve virar à direita, para cerca de 100 metros adiante virar num caminho de terra (mas transitável por automóvel) à esquerda, acedendo por aí à estrada municipal 626-3, que leva a Vila do Conde. Deve descer essa estrada cerca de 100 metros para descobrir à direita uma pequena estrada municipal que, pelo lindíssimo lugar da Venda, o leva ao centro da freguesia da Junqueira, onde o recebem as escolas primárias e a presença imponente de um palacete brasileiro encantadoramente restaurado.

Aí deve virar à direita para ficar de frente para o excecional mosteiro de São Simão da Junqueira, um espaço criado na Idade Média, sobre a Villa Fernandi e que foi depois casa de monges de S. Frutuoso e mais de tarde de Frades Agostinhos conhecidos em Portugal como Frades Cruzios ou de Santa Cruz, por causa da sua casa mãe, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.

Este Mosteiro, outrora casa aberta aos peregrinos Jacobeus, como se pode ver pela presença de Santiago Peregrino na Fachada da Igreja, pertence a privados. Possui uma magnífica coleção de azulejos sobre a vida de Cristo, no Claustro, dois excecionais jardins de buxo.

Seguindo para Norte, na estrada que o leva a Arcos, o visitante tem de ter algum cuidado porque a estrada é estreita, por quase um quilómetro, e não possui passeios. Chegado à Capela do Sr. do Padrão entre o lugar de Barros e o Fulom, a estrada volta a ser larga e passando no viaduto sobre a autoestrada A7 o bulício volta a desaparecer.

Imediatamente após a autoestrada, à direita, está o Conjunto Arqueológico do Fulom, que a par de dois monumentos megalíticos, de grande importância, testemunhos de uma gravidez ritual da terra com 5000 anos, possui uma nova plataforma de arqueologia experimental onde um forno de soenga e um forno de tipologia romana estão a par com um espaço que vai permitir experimentar o tiro com arco, o lançamento do dardo entre várias outras técnicas antigas. Para além disso, o local passará em breve a dispor de um espaço teórico-prático de ensino de técnicas de escavação arqueológica.
 
Continuando na estrada de Arcos, a 300 metros do Conjunto Arqueológico do Fulom, reencontramos a Via Veteris no lugar de Canivete, nome que lembra o facto de ali terem existido largos canaviais, na lagoa de Arcos, a qual é referida na documentação medieval mais antiga. 

Ali, o caminho de Santiago encontrava a sua segunda ponte no concelho de Vila do Conde – S. Miguel de Arcos. A atual ponte data, provavelmente, do fim da idade média e resulta da remodelação de uma outra, mais antiga, de que ainda há vestígios no lado poente.

Embora Arcos seja uma bela freguesia e a Igreja, bem como o solar que a ladeia mereçam uma visita, esta rota leva-nos por entre casas agrícolas intemporais, por um caminho marcado por setas amarelas, identificando a estrada de Santiago que dali se dirigia a Rates. Convidamos o visitante, no entanto, a terminar a sua rota num outro lugar, a igreja de S. Cristovão de Rio Mau.

Para isso, basta que vire na rua com uma fonte, onde poderá refrescar-se, e siga sempre pela esquerda numa pequena sequência de estradas em paralelo, estreitas, mas que por entre belas casas rurais o levará até uma das mais enigmáticas obras de arquitetura do românico português.

Tal como S. Simão, S. Cristóvão foi um mosteiro dos frades de Santa Cruz, mas o mosteiro cedo acabou. Dele resta a igreja, que é um legado de arte que merece visita atenta.

Particularmente importantes são os capitéis da sua capela-mor, a iconografia de confronto entre o bem e o mal, na entrada norte, e o portal principal com um bispo no tímpano, tudo elementos que fazem desta igreja motivo de visita. A igreja está apenas a 500 m da estrada nacional que liga Vila do Conde a Famalicão.
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