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Rota de Fornelo, Canidelo e Guilhabreu

Esta proposta sugere uma visita pelas freguesias de Fornelo, Canidelo e Guilhabreu, que se localizam no interior do nosso Concelho, a sul do Rio Ave.

Aconselha-se que vá até S. Martinho de Fornelo pela Estrada Nacional 104. Neste percurso, se o fizer de carro, aproveite para apreciar as vistas pela margem sul do Rio Ave que esta nos possibilita.

Chegado a Fornelo, freguesia que integra o concelho de Vila do Conde desde a divisão administrativa de 1836, deleite-se na vista rural de uma paisagem plana que aqui pode obter. Caso pretenda fazer percursos pedonais, e se o tempo o permitir, comece por tentar assinalar os locais onde estão identificados achados arqueológicos. Desta forma, em Azevedo, lugar desta freguesia, foi encontrado um machado de pedra polida, e, na Quinta de Villas Boas, um pequeno cabeço, imediato à Igreja de Fornelo, onde abunda a tégula, telha romana.

Embora não se conheça a estação arqueológica com mais precisão, um pouco por todos os lugares de Fornelo é possível encontrar elementos relativos à ocupação humana, bastante anteriores à nacionalidade, como é o caso de um fragmento de cerâmica, encontrado no final do século XIX pelo Arqueólogo Ricardo Severo, e que remonta à Idade do Cobre, hoje depositado na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.


Não deixe de visitar as casas de quinta que aqui se encontram, nomeadamente no lugar de Olaia, bem como a Fábrica do Papel do Ave, um exemplar da arqueologia industrial, no lugar de Azevedo. Se for adepto de pesca desportiva, não perca a oportunidade de por em prática esta modalidade, no Rio Ave.

Continue agora a sua rota em direção à próxima freguesia escolhida para este percurso: S. Pedro de Canidelo. Siga pela Estrada Municipal 534 até à Nacional 318 e desta até à Municipal 533, chegando ao seu destino.

Procure também, aqui, alguns locais com referências arqueológicas, como a Antela das Alminhas, escavada pelo Abade Sousa Maia, pároco de Canidelo e um dos mais importantes arqueólogos do seu tempo, que aí encontrou alguns importantes elementos publicados por Domingos Cruz e Mário Brito, no Boletim Cultural de Vila do Conde.

Siga para o Souto da Sapateira, onde apareceu um machado de pedra polida, e, no Eirado, uma lâmina de sílex, mas das quais se desconhece a que estações arqueológicas pertencem.

Durante o percurso entre Canidelo e Fornelo, no lugar de Soutelo, retenha a ideia do aparecimento de uma estatueta em bronze de Júpiter, publicada por Ricardo Severo, mas da qual não se sabe o seu paradeiro nem do local exato do seu achamento.

Passe ainda pela Igreja de São Pedro, um imóvel dos séculos XVII/ XVIII e por último não deixe de admirar a fachada e jardins da antiga Fábrica da Pólvora, hoje transformada em Quinta, que, não tendo agora funções industriais, é um dos mais belos exemplares da arquitetura industrial de finais do século XIX e início do século XX, marcada pela influência do potentado emergente que era, então, o Brasil.

A última sugestão para este percurso é a freguesia de São Martinho de Guilhabreu, que foi reitoria da mitra e comenda da Ordem de Cristo no antigo concelho da Maia. Passou para o concelho de Vila do Conde, por Decreto de 11 de novembro de 1870. Deixe então para trás a freguesia de Canidelo e dirija-se para sul, pelo Caminho Municipal 1068.
Aqui são inúmeros os apontamentos que se deixam em termos arqueológicos. Nos campos que ladeiam a estrada que, desde o Castro de Alvarelhos, desce em direção ao centro de Guilhabreu, foram encontradas inúmeras telhas romanas, pertencentes, provavelmente, a arrabaldes do grande povoado que é o Castro de Alvarelhos.

A Mamoa de Palmazão (cerca de 5000 a 3000 a.C.) é um monumento megalítico com o tumulus muito destruído, e situa-se nas proximidades do Castro de Alvarelhos, não sendo conhecidos materiais daí provenientes. A Mamoa de Carrazedo foi o mais célebre dos monumentos megalíticos de Vila do Conde, infelizmente destruído pelo seu proprietário. Daí saíram inúmeros materiais entre os quais os primeiros fragmentos de cerâmica campaniforme conhecidos no norte de Portugal.

O Lugar de Paiço, topónimo que deriva do latim palacium é hoje uma densa mata, onde foi encontrado, no seu interior, nos anos 60 do século XX, um dos mais notáveis achados da arqueologia vilacondense, um Columbarium, túmulo familiar do período romano do qual pouco se sabe.


Lugar de Vila Boa corresponde a um dos mais importantes locais da arqueologia do nosso Concelho. Aí, nas terras agrícolas da casa de Milreus apareceram mosaicos romanos, raríssimos no litoral português, várias coleções de moedas e três aras... Assim, sugere-se que leve um piquenique, e se não conseguir visualizar os locais relativos à grande maioria dos achados arqueológicos referidos, aprecie e respire o ar puro que as matas circundantes lhe proporcionam.

Para terminar este percurso, faça a rota das quintas que se localizam na sua maioria no centro da freguesia, admirando assim alguns exemplares de construção civil e religiosa (a maioria das quintas têm uma capela privada), o aqueduto da Quinta dos Arcos, a Quinta do Miséria, construção do século XVI/ XVII, a Quinta da Torre Velha, que deu origem à Lenda da Campa do Preto, em Gemunde – Maia, entre outros, que, em tempos passados, se edificaram.

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