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'O Amor é cego', peça de barro de Estremoz, em exposição nos Paços do Concelho
Dando continuidade à iniciativa “A Peça do Mês”, e atendendo ao facto de em fevereiro se festejar o Carnaval e também à recente classificação dos Bonecos de Estremoz como Património Cultural Imaterial da Humanidade, o Museu de Vila do Conde selecionou para exposição, nos Paços do Concelho, uma figura de barro policromado, referente ao Figurado de Estremoz, designada de “O Amor é cego”, da autoria das artesãs: Irmãs Flores (Maria Inácia Fonseca e Perpétua Fonseca).
"Amor é cego" é considerada uma das peças mais estimadas da barrística popular e da arte bonequeira estremocense, e representa uma bonita alegoria ao Amor profano. A designação de “O Amor é cego” surge, pela primeira vez, em 1929 e terá tido influências em termos de composição de personagens do Teatro ambulante ou estampas com curiosidades que abundantemente circulavam no século XIX.
A partir de investigações e trabalhos realizados sobre esta temática, conclui-se que alguns dos bonecos terão sido adaptados a partir de modelos conhecidos como figuras carnavalescas, onde são identificados elementos característicos da cultura afro-brasileira na composição de determinadas figuras, resultado da miscenização de raças e a fusão de culturas ocorrida ao longo da colonização do Alentejo. Para alguns, são figuras inspiradas no Carnaval de outros tempos.
A Produção de Figurado em Barro de Estremoz integra o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, tendo sido, a 7 de dezembro de 2017, classificado pela Unesco – Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Esta obra pode ser apreciada nos Paços do Concelho de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h.