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Vila do Conde: um porto para o Mundo

PROJETO "UM PORTO PARA O MUNDO

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A autarquia vilacondense, defendendo uma política urbana de reabilitação dos espaços e atividades que marcaram o passado desta terra, tem vindo, ao longo dos anos, a realizar várias ações de recuperação e de revitalização do seu centro histórico e, em particular, da zona ribeirinha, mantendo desta forma a coerência e harmonia arquitetónicas da cidade.

Dando continuidade ao trabalho desenvolvido e conscientes da conjuntura atual vivida no setor da indústria naval de madeira, a autarquia pretende afirmar uma identidade que se quer viva na participação do futuro de Vila do Conde e na construção do imaginário nacional. Neste sentido, procedeu à inscrição da técnica da construção naval de madeira no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, que decorre do quadro legal instituído pela Lei de Bases do Património Cultural e desenvolvido pelo Decreto-Lei n.º 139/2009, de 15 de junho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 115/2012, de 25 de maio), que institui o regime jurídico para a salvaguarda do PCI. Atualmente, aguarda-se parecer da Direção Geral do Património Cultural.

Assim, e de acordo com a legislação em vigor (quer a legislação nacional quer a própria Convenção UNESCO 2003), a proteção legal de manifestações imateriais, neste caso específico, da técnica de construção naval de madeira, resultará do envolvimento das respetivas comunidades detentoras do processo, designadamente os estaleiros navais vilacondenses, com a autarquia vilacondense.

AÇÕES

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Partindo de uma postura cultural que valoriza a preservação e divulgação do património e memória histórica local, foram desenvolvidas uma série de ações. Numa vertente mais comunitária, tem vindo a ser desenvolvido numa co-produção entre a Câmara Municipal de Vila do Conde e a Companhia Lafontana - Formas Animadas, o espectáculo “Um porto para o Mundo”, considerado pela comunicação social como o maior espetáculo de teatro musical de rua, que conta com o envolvimento de centenas de pessoas.

Espetáculo "Um porto para o Mundo - Vento Norte, Vento Forte" - edição 2019

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Os deuses do vento sopram impulsionando as velas e as histórias do povo de Vila do Conde e de Portugal. A edição 2019 do maior teatro musical de rua do país será narrada por Siroco, na mitologia grega o deus responsável pelo vento noroeste e pelo Guardião das Memórias. Entre livros e recordações, a construção naval dos séculos XV ao XX , a viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães, a fé em Nossa Senhora da Guia e a luta de homens e mulheres pela sobrevivência, são memórias que ganham vida na interpretação de mais de 400 atores que se desdobram em centenas de personagens.
Com orgulho do passado
Bom futuro vamos ter
Com trabalho é certeza
O sucesso acontecer

Outras ações no âmbito do Projeto "Um porto para o Mundo"

Partindo de uma postura cultural que valoriza a preservação e divulgação do património e memória histórica local, foram desenvolvidas uma série de ações, designadamente, a organização de um congresso internacional “Construção Naval. Arte, Técnica e Património”, que durante três dias, trouxe a Vila do Conde vários especialistas nacionais e internacionais que se têm dedicado ao estudo de temas que se relacionam com a dinâmica da construção naval em madeira, a presença numa série de eventos, nomeadamente no BUSINESS2SEA 2017 - Fórum do Mar “Tecnologias e Indústrias Oceânicas”, na Tall Ships Festival 2017, assim como a produção científica relacionada com a temática da construção naval.

Enquadramento Histórico do Projeto

A proximidade entre o oceano Atlântico e o rio Ave, desde cedo dotou Vila do Conde de condições extraordinárias ao desenvolvimento da indústria naval que assumirá um papel de relevo na fábrica dos Descobrimentos. Paralelamente à construção de navios, uma outra indústria se destacou no panorama nacional, o fabrico dos tão afamados panos de “Treu” de Vila do Conde. Os séculos XV e XVI foram o tempo áureo da urbe, assistindo-se a um crescimento demográfico e mercantil, visível, ainda hoje, no património urbanístico de cariz económico, comercial, defensivo e religioso.

Depois dos navios destinados ao comércio e com a expansão das rotas de pesca da Terra Nova, os estaleiros de Vila do Conde ganham novo alento com a construção de Lugres e Patachos, até ao primeiro quartel do século XX. Durante a 2ª Grande Guerra Mundial o país passa por grandes dificuldades económicas. Disso se ressente a construção naval, que chega a um estado quase deplorável. Porém, terminada a guerra, a construção naval em Vila do Conde ganha novo alento com a construção de embarcações para a Pesca Costeira. A melhoria da situação verificada nos anos 70 vai progredir na década de 80, através dos subsídios concedidos pela Comunidade Europeia para a construção de novas embarcações destinadas à Pesca Artesanal Costeira, embora tenha de considerar-se que tal melhoria não se processou linearmente, devido principalmente ao critério adotado pela Administração Central na atribuição dos subsídios destinados à renovação da frota pesqueira. Depois, consideramos a forte concorrência espanhola, através da utilização do aço e da fibra, permitindo a construção de barcos mais duradouros e de maiores dimensões, para além do fácil acesso ao crédito através de uma política concertada entre o Estado, os estaleiros, os armadores e os Bancos. Finalmente, podemos também apontar o envelhecimento das classes especializadas de carpinteiros e calafates, cujo rejuvenescimento se considera muito difícil de conseguir.

Estes e outros fatores são suficientes para que se possa falar numa verdadeira crise para os estaleiros vilacondenses, à qual já manifestaram a sua reação, construindo em aço e outra tipologia de embarcações vocacionadas para o turismo cultural.

O projeto “Vila do Conde: um porto para o Mundo” pretende promover a proteção deste saber ancestral, que se encontra nas mãos dos vilacondenses, garantindo, desta forma, a sua continuidade às gerações vindouras.

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