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Caminho Português Central

O Caminho Português Central corresponde ao traçado principal que ligava o Porto a Santiago de Compostela, passando no território português pelas atuais áreas urbanas de Barcelos, Ponte de Lima e Valença. Tem o mesmo ponto de origem do Caminho Português da Costa, a antiga porta do Olival (Porto), mas separa-se deste na área do Padrão da Légua (Matosinhos).

A sua utilização enquanto caminho de peregrinação tem raízes históricas muito antigas, remontando ao início das peregrinações a Santiago de Compostela que recuam, pelo menos, ao ano de 951. No entanto, o traçado desta estrada é ainda mais antigo, porque a sua definição terá ocorrido durante o processo da romanização desta região.

Originalmente, o caminho passava o rio Leça sobre a Ponte da Azenha (também designada de Barreiros ou de Ronfes), dirigindo-se a Barreiros (Maia) e a Gemunde (Maia), embrenhando-se no concelho de Vila do Conde através da freguesia de Vilar do Pinheiro. Após a construção da ponte de Moreira, no início da Idade Moderna, a via sofreu uma alteração de percurso, seguindo um trajeto mais retilíneo e que leva o caminheiro até às imediações do Mosteiro de Moreira. Daí entra em Vilar do Pinheiro e passa nos lugares de Sete, Aradas e Padinho, desembocando na freguesia de Mosteiró e dirigindo-se à de Vilar.
 
Segue para o território da freguesia de Modivas, onde passa pelos lugares dos Nove Irmãos e de Revilhões. Para norte, a estrada prossegue na direção da freguesia de Gião, onde passava nas imediações da sua igreja. Mais adiante, circula entre as freguesias de Fajozes e de Vairão, onde passa ao largo do Mosteiro com o mesmo nome e do Castro Boi.
Atinge a margem sul do rio Ave na freguesia de Macieira da Maia, atravessando-o sobre a ponte de D. Zameiro.

Segundo as Inquirições de D. Afonso II (1220), a construção desta ponte foi apoiada por um donativo pessoal de D. Afonso Henriques, durante o século XII. Num período em que a coroa sentia dificuldades em recolher todos os fundos de que necessitava, muitas estradas e pontes acabaram por ser financiadas por legados testamentais, por dádivas e por trabalho braçal gratuito dos que habitavam nas suas imediações.  A primeira referência documental relativa à existência desta ponte ocorre no testamento de D. Fernando Martins, datado de 1185.

Na metade norte do concelho de Vila do Conde, a via entra em Bagunte, à direita do lugar de Santagões. Segue para o lugar de S. Mamede e daí para Casal de Pedro, já na freguesia da Junqueira. Pouco adiante, passa nas traseiras da cerca do Mosteiro de S. Simão da Junqueira e pela estalagem das Pulgas, referida por Camilo Castelo Branco em “A Filha do Arcediago”.

Após ultrapassar o lugar de Canivete, alcança a Ponte de Arcos, que permite vencer o rio Este e que foi erguida no século XII. Logo de seguida, o peregrino passa nas imediações da igreja de S. Miguel de Arcos para, logo após ultrapassar o lugar de Moldes, abandonar o atual território de Vila do Conde.
 
 
Por ser o mais antigo e o mais utilizado, este trajeto foi mencionado por diversos peregrinos que documentaram as suas caminhadas. Foi o caso de Nicolau de Polielovo que, em 1484, regressou a Lisboa por esta via, após peregrinação a Santiago de Compostela. No final de 1495, Jerónimo Munzer, médico de Nuremberga, fez o mesmo percurso. Este trajeto também foi usado, parcialmente, por Confalonieri durante a sua viagem de peregrinação a Santiago de Compostela, em 1594.

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