- Início
- Comunicação
- Gabinete de Comunicação
- Notícias
- Carmen Miranda anima Carnaval em Vila do Conde
Carmen Miranda anima Carnaval em Vila do Conde
Integrado na celebração do Carnaval em Vila do Conde, o Teatro Municipal será palco de um espetáculo centrado na figura mítica de Carmen Miranda com uma animada seleção musical de sambas, marchinhas e outros ritmos tropicais, intitulada “Saudade de Você - às voltas com Carmen Miranda”, pelo Real Combo Lisbonense.
Quem conhece Carmen Miranda? Toda a gente conhece Carmen Miranda. Nem que sejam duas ou três músicas, das cerca de 300 gravadas pela cantora mais internacional alguma vez nascida em Portugal.
Levada ainda bebé de uma aldeia junto a Marco de Canaveses, Carmen foi para o Rio de Janeiro, cresceu brasileira e nunca voltou à terra onde nasceu.
Apesar disso, os portugueses, podem estabelecer uma ligação cultural e afetiva a partir das suas origens: o quotidiano familiar cheio de memórias; a primeira música que cantarolou aos cinco anos, um fado que lhe ensinou a irmã mais velha; o contexto do Rio no início do século XX, com uma enorme população de imigrantes portugueses; a presença de Dona Maria, a mãe, ao longo da vida. Tudo isto deixou marcas na personalidade de Carmen. De Várzea de Ovelha a Hollywood, com longa escala carioca, ela cresceu com o samba e a malandragem da Lapa, subiu na fama internacional até ao topo, mas nunca desistiu do passaporte português.
Quase 60 anos depois da sua morte, o legado de Carmen Miranda continua ausente da música feita em Portugal. É essa falha que o Real Combo Lisbonense vem colmatar, com um espetáculo e um disco totalmente novos que atravessam quase três décadas de história musical, através de uma seleção de sambas, marchinhas e outros ritmos tropicais.
O Real Combo Lisbonense tem recuperado, sob uma perspetiva atual, o espírito e a vocação das antigas orquestras e conjuntos de baile, com um repertório essencialmente constituído por clássicos de sempre e pérolas perdidas da música portuguesa.
Esta formação nasceu sob inspiração direta da Orquestra Imperial (Rio de Janeiro), à qual não é alheia a amizade entre elementos das duas orquestras. Esta relação de parentesco já levou as duas orquestras a partilharem o palco por duas vezes: em Lisboa (Grande Baile da República, Fonte Luminosa, 2010) e no Rio de Janeiro (Baile da Independência, Circo Voador, 2012).